segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O Ser Leitor em Construção







   Assim como o ser escritor é construído; o ser leitor também. Ao menos o que construa uma resenha, uma opinião sobre o texto lido.


   Pois ora, o simples ato de ler já nos faz leitores. Mas, se o ser que lê, pretende opinar diretamente, tem de se aprofundar no texto. Então, neste caso, necessita-se mais que ler. E, quando penso no ser leitor, penso também no escritor. Porque entendo a necessidade deste segundo de, ter um retorno do primeiro. E do modo que abordo a questão, penso haver uma responsabilidade, por parte do leitor que se propõe a comentar o texto.



   Pois ele estará opinando não somente no texto lido, como também na escrita de quem o produziu. E, a maneira como se faz esse comentário, é importante, sim. Mas como disse antes, o ser leitor capaz de opinar, não vem pronto. E quando falo em capacidade, em nenhum momento estou querendo dizer "só alguns podem opinar", ou, "só existe um tipo de comentário bom". 


   Defendo o direito do leitor de não se pressionar a comentar, ou a saber. Porque o leitor precisa, enquanto apenas alguém que lê, ler por ler também. Que ele comente, sim. Mas que não forçosamente. Que leia também textos sem essa obrigação.


   Mas, propondo-se a comentar, é necessário que alguns analisem o texto. Outros motivem. Outros mostrem que o escritor não está só. Então, eu não acredito que haja O comentário correto, O comentário válido. Mas que todos são corretos, válidos.

   É tanto necessário que o leitor tenha textos apenas para ler; quanto o escritor leitores que analisem seu texto. Ou seja, o leitor precisa de leituras, eem  algumas ele opinará, mas não precisa se obrigar. O escritor precisa de análise como de ânimo, como um comentário que apenas o divirta.

   A questão é: tem de ser espontâneo.

   Você pode amar um texto e não saber o que comentar. Você pode gostar de um comentário "gostei". Não existe regras, vai de leitor para leitor. Escritor para escritor. Em contrapartida, para os escritores que querem publicar, seguir a atividade como rentável, precisa do leitor do "gostei", como do da "análise".

   O que me preocupa é quando predomina apenas o primeiro tipo. Porque desse modo não se sabe o que melhorar.


   P.S: Este texto pode estar levemente confuso, com o tempo o melhorarei.



   Até!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Escritora versus Leitora

   Me sinto mais leitora e menos escritora. Ler é mais fácil e menos trabalhoso, caso se queira apenas ler. Conflito por conflito, com a leitura tenho menos altos e baixos. Não estou sempre disposta a ler, tenho fases em que não consigo, estou saindo de uma atualmente. Mas, com a escrita existe mais pausas do que retornos. E mesmo que não me discipline, me cobro. Sinto obrigação de saber analisar um texto, para poder opinar sobre um.
   Mas aí vem a autocobrança: "se não sei escrever, não posso querer que o outro saiba." Por mais que eu precise ser sincera, sinto que não sei o suficiente para opinar em um texto alheio. Então, me cobro saber escrever, mesmo que não seja para escrever. Em contrapartida, penso que não tem um modo correto ou não de opinar. E assim cria-se dentro de mim essa briga, o ser escritor e o ser leitor querendo ambos exisitirem.
   E não sei: por agora há mais um que outro? Digo não saber, pois desconheço se há critérios para considerar um mais atuante. Leio livros, físicos ou virtuais, sejam one-shots, fanfictons, etecetera. Isso me configura ser que lê. Mas o que me configura ser que escreve? Escrevo, sim. Contudo, passo meses sem escrever. Rascunho mais que escrevo. Rabisco ideias imaginadas ou sonhadas, que existe por meros dias, findando sua produção ao findar de minha euforia. É uma espécie de euforia que me toma, uma febre louca de passar o que tá na cuca, para o papel. Mas passa. E a questão que se coloca é: ainda assim posso eu considerar-me ser-escritor?



Uma retrospectiva da minha escrita

 





    Em meados de 2011 escrevi um "livro" para uma aula de português. A prova disso está no Agradecimentos do "livro". Que consiste em quatro folhas de papel ofício dobradas. Intitulado: "Uma história de Romance". A história, basicamente, é sobre uma jovem de vinte e um anos que é paraplégica, e acredita que por isso nenhum rapaz pode se interessar romanticamente por ela, mas, resumindo, passa por uma cirurgia e volta a andar. Eles namoram e se casam.
   O contéudo é até interessante, porém a forma como foi desenvolvida, não. Apenas lendo entenderiam, mesmo. Qualquer dia a postarei para fins comparativos com minha escrita atual. Antes desse "livro", não sei em que época, escrevi outros dois. Esses eram um pedaço de folha de caderno, cada um. Escritos sob o pseudônimo Eloisa Loi. (risos)
   No entanto, foi em 2013 que comecei a escrever de forma contínua e regular. Foi por ler histórias no site Nyah! escritas por pessoas comuns, pessoas como eu, que vi que poderia também. Minha escrita atual não evoluiu muito, sei disso. Embora, melhoras aconteceram, e que bom! Mas o meu entendimento do que seria escrever mudou, muito.
   Naquela época, mal começava a escrever e ia pesquisar sobre editoras com o intuito de publicar! Como a pessoa começa a escrever umas frases por um certo tempo e já quer publicar? Pois é, mudei. Atualmente quero escrever, encontrar a minha identidade na escrita. Aprender o máximo de regras da língua portuguesa, e também como não deixá-las serem um empecilho.
   Uma das minhas principais metas que tenho no atual momento é: escrever de forma que cative, que interesse, independente do contéudo. Quero que meu texto seja aquele que as pessoas leem porque a forma como se estrutura cativa, encanta, ainda que o tema não seja do interesse de quem leia.
   Que leiam pela forma e estilo e não pelo contéudo. Espero consigam entender o que estou a dizer com isso. E que eu não repita tantas palavras para dizer algo. (risos). Que eu aprenda como ser direta e coerente nos textos. Sei como se iniciou minha entrada no mundo das palavras, porém como termina, não. Vou seguir descobrindo.

 Até!